As saudades do que não vivi não me causam dor.
Habita meu peito o desejo do novo, do perfume não aspirado.
A esquina deixada para trás, empoeirada, erma, faz parte de uma moldura envelhecida.
Sonho com cachoeiras e corredeiras por onde meu coração possa se aventurar.
As águas congelantes batem no meu rosto com uma nova mensagem.
E desejo, e passeio, e retorno aos sentidos animais de mim mesma.
As viagens para dentro de mim não doem mais.
E posso subir, descer, embrenhar, correr, com passos doces, com palavras rudes.
Ninguém sairá ferido, eu não machucarei aqueles que colhem meus espinhos.
Pois hoje escorre mel pelos cantos do meu sorriso.
E nascem flores sob meus passos.
Nas águas de fevereiro, afoguei o meu passado.
As cachoeiras agora têm um pouco de mim.
São portadoras da minha dor, as levam para bem longe.
Mandei pelas corredeiras as lágrimas opressoras dos meus sorrisos.
Escondi sob cada pedra do caminho, um pouco do sofrimento aflito.
Aprendi: - com um grito, a vida muda.
Enterrei nos portais energéticos e imaginários tudo o que eu não mais queria.
Rompi com o passado.
Decidi.
Hoje sou uma nova rainha.
De cabeça erguida e novas perspectivas.
Estou de volta.
A Casa reabro.
Mas do passado, não trago nem a lembrança.
*Nefertari, adaptado.
Habita meu peito o desejo do novo, do perfume não aspirado.
A esquina deixada para trás, empoeirada, erma, faz parte de uma moldura envelhecida.
Sonho com cachoeiras e corredeiras por onde meu coração possa se aventurar.
As águas congelantes batem no meu rosto com uma nova mensagem.
E desejo, e passeio, e retorno aos sentidos animais de mim mesma.
As viagens para dentro de mim não doem mais.
E posso subir, descer, embrenhar, correr, com passos doces, com palavras rudes.
Ninguém sairá ferido, eu não machucarei aqueles que colhem meus espinhos.
Pois hoje escorre mel pelos cantos do meu sorriso.
E nascem flores sob meus passos.
Nas águas de fevereiro, afoguei o meu passado.
As cachoeiras agora têm um pouco de mim.
São portadoras da minha dor, as levam para bem longe.
Mandei pelas corredeiras as lágrimas opressoras dos meus sorrisos.
Escondi sob cada pedra do caminho, um pouco do sofrimento aflito.
Aprendi: - com um grito, a vida muda.
Enterrei nos portais energéticos e imaginários tudo o que eu não mais queria.
Rompi com o passado.
Decidi.
Hoje sou uma nova rainha.
De cabeça erguida e novas perspectivas.
Estou de volta.
A Casa reabro.
Mas do passado, não trago nem a lembrança.
*Nefertari, adaptado.
3 comments:
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que
nos machuca, é não ver o futuro
que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
"aquela que nunca amou."
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido...
Pablo Neruda
"SAUDADES DE VOCÊ!"
O mar ondula como uma dor de cabeça e a noite faz doer
Dois amantes estão deitados sem nenhum lençol na cama
E o dia está clareando
Em dias chuvosos nós iríamos nadar lá fora
Em dias chuvosos nadando no som
Em dias chuvosos nós iríamos nadar lá fora
Você está na minha mente o tempo todo
Eu sei que isso não é o bastante
Se o céu pode rachar deve haver algum jeito de voltar
Para amar e só amar
Tempestade Elétrica
Querida, não chore
O alarme do carro não deixará você voltar a dormir
Você é mantida acordada sonhando o sonho de outras pessoas
O café está frio mas te distrairá
Compromisso, isso não é nada novo pra você
Vamos ver cores que nunca tinham sido vistas
Vamos ir a lugares onde ninguém esteve
Você está na minha mente o tempo todo
Eu sei que isso não é o bastante
Se o céu pode rachar deve haver algum jeito de voltar
Para amar e só amar
Tempestade elétrica
Querida, não chore
Está quente como o inferno, docinho neste quarto
Esperança certa de que o tempo se fechará logo
O ar está pesado, pesado como um caminhão
Nós precisamos da chuva para lavar a nossa má sorte
Bem, se o céu pode rachar, deve haver um modo de voltar
Pra amar e só amar
Para sempre é muito tempo. O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
(Mário Miranda Quintana -Jornalista e poeta brasileiro - 1906/ 1994)
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