Sunday, May 28, 2006

Sinto-te por minhas mãos
E dentes.
Como se teus fluidos escorressem-me
Bem quentes.


Meu corpo caudaloso,
Rios.
E em poética se lança,
Riscos.



A pele morena,
Pura.
Os beijos sem-vergonha,
Censura.


Furta-me o fôlego,
Sentidos...
As mãos por minhas coxas,
Caminhos.

Derrete-me o gelo,
Segredos.
Constantes desencontros,
Degredos.

Eu e você.


*Nefertari, adaptado




2 comments:

Anonymous said...

Amantes que dormem o mesmo sono,
que gozam o mesmo momento,
transitam pela mesma estrada,
têm os mesmos sentimentos, mesmos desejos, mesmos prazeres..
no mesmo tempo ou em seus tempos..
que colam o corpo, deixam escorrer ,
inebriam-se um do outro
transbordando águas, cheiros e sons,
perdem o pudor,
línguas ousadas pelo corpo,
deslizando a saliva
alma e corpo, sendo um em cada um, juntos
sendo o todo em dois,
mistos.
corpos que têm fases,
escalam montes, andam cavernas,
invadem espaços
delimitam e exploram..
apenas não se tem regras,
imposições,
existem só eles,
amantes e o querer,
momentos que duram a eternidade de segundos do amor.

Anonymous said...

Derreto-te o gelo