Monday, January 23, 2006
























De todas as maneiras que há de amar
Nós já nos amamos
Com todas as palavras feitas pra sangrar
Já nos cortamos

Agora já passa da hora, tá lindo lá fora
Larga a minha mão, solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado
Quando entra o verão

De todas as maneiras que há de amar
Já nos machucamos
Com todas as palavras feitas pra humilhar
Nos afagamos

Agora já passa da hora, tá lindo lá fora
Larga a minha mão, solta as unhas do meu coração
Que ele está apressado
E desanda a bater desvairado

*Chico Buarque


1 comment:

Anonymous said...

Eu quero correr, eu quero esconder,
Eu quero derrubar as paredes,
Que me seguram por dentro,
Eu quero alcançar e tocar na chama,
Onde as ruas não têm nome.

Eu quero sentir a luz do sol no meu rosto,
Eu vejo a nuvem de poeira desaparecer sem deixar pista,
Eu quero me abrigar,
Da chuva ácida,
Onde as ruas não têm nome,
Onde as ruas não têm nome,
Onde as ruas não têm nome.

Nós ainda estamos construindo e queimando amor,
Queimando amor,
E quando eu vou lá,
Eu vou lá com você.
(Isso é tudo o
que posso fazer)

A cidade está inundada, e nosso amor se enferruja,
Nós fomos malhados e assoprados pelo vento,
Esmagados em poeira,
Eu te mostrarei um lugar,
Acima das planícies desérticas,
Onde as ruas não têm nome,
Onde as ruas não têm nome,
Onde as ruas não têm nome.

Nós ainda estamos construindo e queimando amor,
Queimando amor,
E quando eu vou lá,
Eu vou lá com você.
(Isso é tudo o
que posso fazer)