Thursday, February 09, 2006



















Vivendo por viver

Sem motivo vou vivendo por aí por viver
Meus valores tão confusos reprimidos por você
Troco passos sem sentido pelas ruas sem saber aonde ir
E viver já nada mais significa
Até já me esqueci.

Volto para casa onde eu procuro me esconder
De pessoas que acreditam meus problemas resolver
Mas eu insisto em cultivar sua presença
Mesmo sem você saber
E ainda espero a cada dia sua volta
É só você querer.

As lembranças me chegam sempre em noites tão vazias
E mexem tanto com minha cabeça
Que quando o sono vem o dia já nasceu
A distância me tira pouco a pouco a esperança
De ter você comigo novamente
E reviver aquele nosso grande amor.

Tantos planos, sonhos, feitos em pedaços por você
Que tolice tanto amor desperdiçado por nós dois
E na solidão me agarro a qualquer coisa
Que ainda resta desse amor
Pra sentir sua presença novamente
Seja como for.

*Roberto Carlos

1 comment:

Anonymous said...

Se pudesse voltar a viver a minha vida

Da próxima vez gostava de fazer mais erros

Descontraía, faria mais disparates, levaria menos coisas

A sério, corria mais riscos, acreditava mais...

Subia mais montanhas e nadava em mais rios

Convidava os amigos mesmo que tivesse nódoas na carpete

Usava a vela em forma de rosa antes delas se estragar no armário

Sentava-me na relva com os meus filhos

Sem me preocupar com as manchas verdes na roupa

Tinha rido e chorado menos em frente á televisão e mais em frente da vida

Tinha contado mais anedotas e visto o lado cómico das coisas

Tinha descoberto menos dramas em cada esquina, e inventado mais aventuras

Se calhar tinha mais problemas reais

Mas menos problemas imaginários.

É que sabem, sou uma dessas pessoas que vive com sensibilidade

E sanidade hora após hora, dia após dia

Oh, tive os meus momentos, e se pudesse fazer tudo de novo, outra vez, tinha muitos mais

De facto, não tentari mais nada.

Apenas momentos, uns após outros

Em vez de viver tantos anos á frente de cada dia

Fui uma dessas pessoas que nunca foi a lado nenhum sem um termómetro

Botija de água quente, casaco para a chuva e pára-quedas!

Se pudesse fazer tudo outra vez, viajava mais leve do que viajei.

Se tivesse a minha vida para viver de novo, começava mais cedo a andar desccalça na primavera

E ficava sempre assim!

Mesmo mais tarde, no Outono

Ia a mais bailes, cantava mais canções

Diria muito mais "Amo-te" e "Desculpa"

E apanharia mais papoilas...