Sunday, June 18, 2006

Respiro os teus sabores.
Enquanto te detenho em minhas retinas. Odores.
Percorro em tua procura a cada melodia. Memória.
E é o som da tua voz, inda ressoante, que medicamenta. Meu corpo
Porque minh'alma somente terá paz quando no teu conforto. Língua.
E do teu... amor.
Teu falo. Calor.





Te conto-gotas em mim. Perfume.
Remanesce teu sêmen. Semente.
E tua lágrima gotejada em meu umbigo nu. Cru.
As taças de vinho guardadas com o beijo teu.

O último.
Transfundiu uma tristeza profunda para o meu ser. Útero.
Desejo. teu beijo. Minha Vida. tua...
Eu... sobre o arranha-céu teu. Lua.
As estrelas a nos consagrar. Nua.


*Nefertari


2 comments:

~*Rebeca*~ said...

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.

Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que

sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um

dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e

não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um

desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a

inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não

entendo."

Clarice Lispector

Ninguém passa por Clarice impune!!!

Beijos de bom diaaaaaaaaaa!!!

Ana Claudia Lintner said...

"Percorre os rios em que correm os meus pensamentos
A sonda initerrúpita de nós mesmos sem nós
Vai por onde escorre o sal vermelho e transparente
espelida, entre gritos mumificados de desejo
e entre cheiros em forma de bolhas de sabão
até encontrar o complexo codinome amor."