Quero um dia,Depois de lançar-me em ti como grao de poesia,
Deixar-me em ti ficar,
Misturar minha seiva a tua
Meus olhos perdidos nos teus
Entregues ao espetáculo que se cria em nós...
Germinação.
*Lualil
"Passeando pela vida ao lado da tranqüilidade. Espalhando sorrisos como grãos de areia. Sentindo a calmaria do mar na Alma. Derramando saudade, esperando por palavras doces. No meio de olhares despidos, olhares despretensiosos. Construindo sonhos em meio a promessas silenciosas. Amanhecendo, entardecendo e anoitecendo simplesmente. Fechar os olhos e ter aos pés margaridas e pertencer a um sentimento que permanece em um outro tempo que começa aqui agora."
Quero um dia,
A explicação me foge rato rápida e esquiva quando pressinto tua presença grande e mansa, tua chegada de perturbação e murmúrios. Teus passos sempre precedidos de um farfalhar de ramos, de um estalar de folhas, de galhos mesmo entre o concreto das avenidas. Tua proximidade vem com um sopro na nuca, um deslizar de víbora sobre as vértebras da coluna, uma instabilidade quântica das moléculas das pernas. Teu sorriso anacrônico traz sempre Camões, Nerudas, Pessoas e eu nuca sei se vais recitar Quintana ou propor Kama Sutra. Delícia de dúvida.


"Se queres uma rosa vermelha deves formá-la com música à luz do luar e tingi-la com o sangue de teu próprio coração. Deves cantar para mim com teu peito apoiado num espinho. Deves cantar a noite inteira para mim e o espinho te atravessará o coração e o sangue de tua vida correrá pelas minhas veias e se converterá em sangue meu."



