Sunday, December 23, 2007


Bendito és tu
entre os homens rasos e trôpegos,
entre os homens vazios e tristes,
e bendito é o fruto dos teus olhos,
a beleza que em mim não conhecia eco e que agora grita.
Bendito teu nome mil vezes em minha língua, em meu ventre,
entre minhas pernas e escrito em minha cara, bendito tu,
meus arreios,
vento que me lança contra o rochedo,
asas que me elevam além dos cirros.
Bendito,
eternamente bendito sejas,
toda vez que amaldiçôo o dia da minha entrega, da minha consagração,
porque bendita sou eu entre tuas mãos.

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