Wednesday, November 28, 2007

Parte do tempo eu procuro esquecer
Prefiro acreditar que é assim mesmo e vou levando
Finjo que não percebo a falta, a ausência...
Mas a vida, por vezes, se impõe me mostra sua realidade nua e crua
com seus tons marcados como navalha cortando na carne
Neste instante é impossível negar, fingir, abstrair...
Este amor que me é negado com violência, veemência, crueldade, indiferença...
Transborda incessante em meus poros
Transparece em meus olhos
Como sinal indelével de algo que me pertence
e no entanto me é alienado.
Tirar de alguém o direito divino de amar e ser amado
é como condenar a alma a uma morte em vida
Ao vagar alheio do olhar de quem quer que seja
Alheio a piedade, a caridade, a benevolência...
Tudo isso me tem sido negado....
E mesmo tentado o tempo todo esquecer e suplantar tal fardo
Ainda assim esse amor em meu peito acorrentado
Se faz doce, presente e sincero...
Não sei se sobreviverá ao próximo átimo de consciência
Ao negar algoz de sua existência
A sua não correspondência
E ao infértil ímpeto de se propagar.

*Mila Mandrag

1 comment:

~*Rebeca*~ said...

A cada dia que passa, o Fresta fica mais sua alma...

Beijo da Re linda da Kitty.