"Passeando pela vida ao lado da tranqüilidade. Espalhando sorrisos como grãos de areia. Sentindo a calmaria do mar na Alma. Derramando saudade, esperando por palavras doces. No meio de olhares despidos, olhares despretensiosos. Construindo sonhos em meio a promessas silenciosas. Amanhecendo, entardecendo e anoitecendo simplesmente. Fechar os olhos e ter aos pés margaridas e pertencer a um sentimento que permanece em um outro tempo que começa aqui agora."
Sunday, July 30, 2006
Meu coração tropical está coberto de neve
Mas ferve em seu cofre gelado
a voz vibra e a mão escreve mar...
Bendita lâmina grave que fere a parede
e traz as febres loucas e breves
que mancham o silêncio e o cais
Roseirais, nova granada de Espanha
por você, eu, teu corsário preso
vou partir a geleira azul da solidão
me agarrar na mão do mar, me arrastar até o mar
procurar o mar
Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por o todo mar
Meu coração tropical partirá esse gelo, irá
Com as garrafas de náufragos e as rosas partindo o ar
Meu coração tropical partirá esse gelo...
*João Bosco
Saturday, July 29, 2006
Wednesday, July 26, 2006
Monday, July 24, 2006
No falhar de um dia que não foi, vieste ver-me e não te acolhi em meus braços. Expulsei-te e disse-te que o dia tinha acabado. O Sol não mais voltaria a nascer e teu corpo não mais acolheria em minhas mãos. Teu suor descolou-se de minha pele e nada mais resta em mim.
- Morreste aqui e abandonaste a minha existência que persistia em te amar!!!
Sunday, July 23, 2006
foi um beijo onde não importava a boca
só tuas mãos quentes me apertando pelas costas
nada estava acontecendo na minha frente
e a ansiedade que havia não era pouca
teus dedos perguntavam pra minha blusa
se meu corpo acolheria um delinqüente
descoladas as línguas um instante
minha resposta saiu um tanto rouca
só tuas mãos quentes me apertando pelas costas
nada estava acontecendo na minha frente
e a ansiedade que havia não era pouca
teus dedos perguntavam pra minha blusa
se meu corpo acolheria um delinqüente
descoladas as línguas um instante
minha resposta saiu um tanto rouca
*Martha Medeiros
Thursday, July 20, 2006
Still a little bit of your taste in my mouth
Still a little bit of you laced with my doubt
Still a little hard to say what's going on
There's still a little bit of your taste in my mouth
Still a little bit of you laced with my doubt
There's still a little hard to say what's going on
There's still a little bit of your ghost, your weakness
There's still a little bit of your face I haven't kissed
You step a little closer each day
That I can't say what's going on
Stones taught me to fly
Love, it taught me to lie
Life, it taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannonball
There's still a little bit of your song in my ear
There's still a little bit of your words I long to hear
You step a little closer to me
So close that I can't see what's going on
Stones taught me to fly
Love, it taught me to lie
Life taught me to die
So it's not hard to fall
When you float like a cannon...
Stones taught me to fly
Love, it taught me to cry
So come on courage
Teach me to be shy
'Cause it's not hard to fall
And I don't wanna scare her
It's not hard to fall
And I don't wanna lose
It's not hard to grow
When you know that you just don't know
*Damien Rice
Sunday, July 16, 2006
Fruto? Ou flor?
Fôra um botão de rosa
Que ficou fechado ?...
Talvez... E entumeceu de amor
Na alvorada cheirosa...
Fruto romântico encantado,
Conserva o cálice da flor...
Nasce rasteiro, rente ao chão,
Sugando a terra... Cresce escondido...
Um raio de sol o aquece, audaz como o desejo,
Palpitando de vida e ardendo de emoção!
E o morango flameja rubro, atrevido!
É um beijo
Vermelho, aceso de paixão!
Milagre da luz, mistério da cor,
Tem matizes de sangue e púrpura vivendo
Simbolismos de amor!
Pomo de carne, coração de chama,
Anda sofrendo
O torturado anseio de quem ama!
Doce e ácido!... É como se fosse amor!
* Ilka Maia
Fôra um botão de rosa
Que ficou fechado ?...
Talvez... E entumeceu de amor
Na alvorada cheirosa...
Fruto romântico encantado,
Conserva o cálice da flor...
Nasce rasteiro, rente ao chão,
Sugando a terra... Cresce escondido...
Um raio de sol o aquece, audaz como o desejo,
Palpitando de vida e ardendo de emoção!
E o morango flameja rubro, atrevido!
É um beijo
Vermelho, aceso de paixão!
Milagre da luz, mistério da cor,
Tem matizes de sangue e púrpura vivendo
Simbolismos de amor!
Pomo de carne, coração de chama,
Anda sofrendo
O torturado anseio de quem ama!
Doce e ácido!... É como se fosse amor!
* Ilka Maia
Saturday, July 15, 2006
Wednesday, July 12, 2006
Minha mão sobre a tua boca e peço que não digas nada. Um beijo manso e outro e tua língua desliza entre falanges, teus lábios sugam dedos, tua saliva umedece a pele e os dentes beliscam as pontas e se despem em um sorriso ao som do meu gemido. Meu corpo se resume à extremidade que se entrega, que se oferece, que convida, tua boca que explora linhas, dobras, carnes, lambe unhas, percorre frestas e sinto o ar de tuas narinas contra a pele úmida, um animal faminto se esfrega no teu rosto e pede que o sacies. Mesmo que agora eu permitisse, já não teríamos mais o que dizer.
*Ticcia
*Ticcia
Tuesday, July 11, 2006
"sempre que ela o via
[morria um pouco]
tudo o que ela sentia por ele
[forçada a esconder]
pensava que ele nunca sentiria
[da mesma maneira]
então ela fingiu que
[não lhe interessava]
desejando que ele adivinhasse
o que ela sentia
desesperando por ninguém ver, saber...
à noite os seus sonhos eram com ele
acordada, pensava em tudo o que nunca seriam
só nos seus sonhos ela era feliz
sonhava que ele não era só seu amigo
ele também a amava"
[morria um pouco]
tudo o que ela sentia por ele
[forçada a esconder]
pensava que ele nunca sentiria
[da mesma maneira]
então ela fingiu que
[não lhe interessava]
desejando que ele adivinhasse
o que ela sentia
desesperando por ninguém ver, saber...
à noite os seus sonhos eram com ele
acordada, pensava em tudo o que nunca seriam
só nos seus sonhos ela era feliz
sonhava que ele não era só seu amigo
ele também a amava"
Monday, July 10, 2006
Tua Cidade
Se você soubesse desse grito
Que eu trago preso na garganta
E dessa dor só por saber
Que te explicar não adianta - entenderia
Que a razão do meu cansaço
É essa vontade de te ver
E que em tudo que eu faço
Tem um pedaço de você
Se você soubesse desse trem
Que corre solto no meu peito
E dessa vontade que me faz arder
Em sua espera no meu leito - perceberia
Que as estradas onde passo
São estradas por só ser
São atalhos que eu traço
Pra chegar até você
Pois a cidade mais bonita
É a que encontro nos teus braços
Na vertigem dos teus beijos
E no calor do teu abraço
*Ana Carolina
Se você soubesse desse grito
Que eu trago preso na garganta
E dessa dor só por saber
Que te explicar não adianta - entenderia
Que a razão do meu cansaço
É essa vontade de te ver
E que em tudo que eu faço
Tem um pedaço de você
Se você soubesse desse trem
Que corre solto no meu peito
E dessa vontade que me faz arder
Em sua espera no meu leito - perceberia
Que as estradas onde passo
São estradas por só ser
São atalhos que eu traço
Pra chegar até você
Pois a cidade mais bonita
É a que encontro nos teus braços
Na vertigem dos teus beijos
E no calor do teu abraço
*Ana Carolina
Sunday, July 09, 2006
Beba o sal do meu corpo em taças de cristal. Com o mais refinado toque encoste teus lábios em minha superfície semi-árida. Ajeite meu cabelo para o lado e desnude minh'alma. Pegue a louça chinesa cinquentenária e coloque sobre ela os pedaços de meu amor. Inocenta-me os dedos perversos. Que te tocam e te arranham. Calcule minuciosamente o corte que farás em minha boca sedenta. Dele jorrará o sangue azul do meu desejo. A carne adocicada do meu ventre acolherá os teus instintos. Subirá pelo aro frescor do perfume regado a cravo e canela. O tempero de sua refeição será o sabor do eu te amo mais que delicado. Pegue as partes de mim que restam em teu alforge e me beba. Salgue a tua língua feroz. Me extermine os pedidos.
Deita...
Acolhe-me em tua virilidade.
Sou tua....
*Nefertari
Thursday, July 06, 2006
Wednesday, July 05, 2006
Quero que me peças. Pede-me algo, exige-me alguma coisa, ordena tua vontade, impõe o teu desejo, me diz o que fazer. Não age à margem aparente do que se passa esperando que as tuas mãos fiquem limpas, não pensa que sem que eu ouça teu pedido, faço o que tenho vontade alheia ao rumo que tomaste. Não faço. Tu sabes do lugar que me ofereces, sabes do que me dás de beber, sabes das rosas e dos espinhos que trouxeste na boca. Dá-me o conforto de ouvir-te pedir o beijo, da tua mão sobre o que de mim for feito, dá-me o olhar e as palavras sangrando que me pedem tua, suporta comigo o risco do sem nome, do imperfeito, do fio da navalha, da corda bamba. Não espera que eu pouse minha mão no teu peito e ela se faça tua, pede que meus olhos se fechem com o teu sonho.
*Ticcia
*Ticcia
Tuesday, July 04, 2006
A amplidão do peito se espalha pelo chão da casa e sei que vomito rosas cada vez que lembro do meu mamilo na tua boca. Ouço um piano que funde azuis de vários tons com os pássaros lilases do nascer do dia. Da minha janela, a cúpula da catedral se tinge de talvez e a emoção molha a pálpebra da janela. Faz frio, mas não em mim. Faz frio no mundo e sinto pena do teu corpo tão longe do meu. Olho ao redor e sorrio. Daqui a pouco não saberei mais onde colocar tantas rosas.
*Ticcia
Monday, July 03, 2006
SE PUDER SEM MEDO
Deixa em cima dessa mesa a foto que eu gostava
Pra pensar que teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola preu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pra eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo o que me resta
Deixa eu pôr à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa da vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo o que eu não disse e que você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa enfim o que pedia mas pensei que dava
*Oswaldo Montenegro
Sunday, July 02, 2006
Descobre-me!
com o teu gesto.
Percorre-me!
todos os recantos,
mesmo os que não te lembres.
(Especialmente esses!)
Brinca!
com o que encontras.
Empenha-te!
em mim.
Dá-me!
o que esperas receber.
Goza!
com o meu gozo.
Não hesites!
Domina!!!
com o teu gesto.
Percorre-me!
todos os recantos,
mesmo os que não te lembres.
(Especialmente esses!)
Brinca!
com o que encontras.
Empenha-te!
em mim.
Dá-me!
o que esperas receber.
Goza!
com o meu gozo.
Não hesites!
Domina!!!
Remeta-me
os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves
que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que você tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era seu jeito
ou de propósito
mas era bom
sempre bom
e assanhava as tardes
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima
firme
confirme
o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois
a dois
Pense em mim
e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.
*Elisa Lucinda
os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves
que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que você tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era seu jeito
ou de propósito
mas era bom
sempre bom
e assanhava as tardes
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima
firme
confirme
o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois
a dois
Pense em mim
e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.
*Elisa Lucinda
Saturday, July 01, 2006
Encontro Marcado
Um dia desses te espero
numa esquina qualquer
vestida de mulher
dos pés a cabeça
cheirosa, latente
nervosa e quente
Um dia desses te espero
numa beira de estrada
vestida de fada
lábios cor-de-rosa
cega de paixão
e varinha de condão
Um dia desses te espero
no meio da rua escura
vestida de nua
carente de lua
demente, manhosa
querendo só uma prosa
Um dia desses te espero
numa fumaça de asfalto
despida de salto
pés descalços de tortura
aberta, certa e segura
que nesse dia te mato
*Mariana
Um dia desses te espero
numa esquina qualquer
vestida de mulher
dos pés a cabeça
cheirosa, latente
nervosa e quente
Um dia desses te espero
numa beira de estrada
vestida de fada
lábios cor-de-rosa
cega de paixão
e varinha de condão
Um dia desses te espero
no meio da rua escura
vestida de nua
carente de lua
demente, manhosa
querendo só uma prosa
Um dia desses te espero
numa fumaça de asfalto
despida de salto
pés descalços de tortura
aberta, certa e segura
que nesse dia te mato
*Mariana