Sunday, November 27, 2005

Eu que não sei da tua vida,

não ganho tuas noites de presente,

eu que não vejo teus sorrisos de despedida.

Eu que não me permito a morte por afogamento

nos pêlos do teu peito,

nem adivinho surpresas no teu olhar,

eu que não saio daqui nesse exato momento

e não te levo pra caminhar no sol,

na chuva,

no vento.

Eu que não te faço comida,

eu que não te dou a medida do que em mim consome.

Eu que não espero teus passos no corredor,

não te chamo de meu amor,

eu que não digo teu nome.

Eu que não vivo

e vou morrendo

de fome.

*Cris Prieto*

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