"Passeando pela vida ao lado da tranqüilidade. Espalhando sorrisos como grãos de areia. Sentindo a calmaria do mar na Alma. Derramando saudade, esperando por palavras doces. No meio de olhares despidos, olhares despretensiosos. Construindo sonhos em meio a promessas silenciosas. Amanhecendo, entardecendo e anoitecendo simplesmente. Fechar os olhos e ter aos pés margaridas e pertencer a um sentimento que permanece em um outro tempo que começa aqui agora."
Wednesday, November 30, 2005
feito turistas ansiosos,
percorram cada recôndito do meu ser
Viaja, e quando retornares desta viagem,
encontrarás na tua bagagem
sob a prata dos teus cabelos
a história da minha vida.
Conhecendo-a, te conhecerás por inteiro,
pois sou tua outra metade."
"Um dia
vou ter que encontrar forças
para te deixar partir.
Estou cativa a você.
Sem correntes,
sem grades,
sem muros ...
Presa,
amarrada,
como só se pode estar
quando se ama...
Mas um dia
vou enfim decidir,
não vou olhar pra trás,
vou simplesmente
rasgar meu coração
e te devolver a liberdade
e então,
não vou mais
morrer de saudade
quando você estiver distante.
Entenda
que não é minha intenção
te abandonar,
como não foi minha intenção
te prender
é que o coração
não pede licença...
Mas como viver assim
com tanta indecisão?!
Com tanta separação?!
Com tantos "nãos?!
Ah! Um dia...
Vou encontrar forças
pra te deixar partir.
Vou tirar você de mim.
Mas não agora,
não ainda..."
"...Se nada me resta agora,
me mudo daqui sem hora determinada...
Mas vou sem tempo de espera,
tampouco de chegada...
Embora não se possa refazer
a beleza do nascimento da flor,
posso fazê-la continuar viva...
Se chove e o tempo nubla
estrelas permanecem
por baixo das nuvens...
Não é tão ruim deslizar no limbo,
escorregar e mergulhar no fundo...
O mais difícil de tudo é conseguir
fazer o simples
Mesmo que se ignore por quanto tempo
o simples será difícil...
Acender as coisas certas e erradas da vida.
No claro, será fácil ver rostos e olhos
que nos encaram...
Fazer do sorriso uma luz
pra iluminar um momento escuro.
Pedir demissão da entrega.
Deixar de ser palhaço sem ser engraçado.
Pra poder chorar.
Sem fantasia..."
Tuesday, November 29, 2005
Monday, November 28, 2005
fica o retrato da minha insônia...
No exercício da fantasia
e pela falta de você,
desfaço pra sempre a rotina da vida,
ao mesmo tempo que me embaraço,
nos fios da ciranda dos meus dias..."
Amor real
A internet é uma mentira... Os relacionamentos não são verdadeiros...
As pessoas que tem "casos" pela internet mentem...
Quantas vezes já ouvimos isso ?
Quanta gente já dissertou teses sobre essas verdades ?
Virtuais são todos os relacionamentos.
Apesar de termos como verdade que "relacionamento virtual é relacionamento pelo computador" isso é apenas semântica.
Qual o relacionamento que não é virtual?
Quem pode afirmar que é real seu relacionamento ?
Por que para um relacionamento ser real ele tem de passar algumas fronteiras e deixar cair algumas barreiras.
Uma lista ? Como não !
Verdade - só porque duas pessoas se relacionam através de correspondência elas estão fugindo da verdade?
Ou estando frente a frente, juntos, não podem estar não dizendo só a verdade?
E o que teria sido nossos avós e nossos pais se não houvesse a correspondência?
Ou será que todos moravam nas mesmas cidades, nos mesmos bairros?
Ou o correio e as cartas não mereciam credibilidade?
Qual a diferença entre as cartas de ontem e os e-mail de hoje ?
Respeito - o respeito é, antes de tudo algo que professamos ou não.
E respeito ou temos para conosco ou não temos para com ninguém.
Aquele que não tem respeito por si, não importa se está ou não na presença do outro, não terá respeito pelo relacionamento.
Amor - o amor se apresenta na hora menos esperada, na situação mais inusitada, no lugar mais absurdo.
Amor é amor.
Ponto Final.
Na boate, na rua, no cinema, no restaurante, e na internet, ele é só amor...
Sexo - se é virtual ou não, é só uma questão de satisfação entre duas pessoas.
Se o carinho existir, quem pode condenar a maneira como ele é feito?
Relacionamento virtual é um relacionamento como outro qualquer.
Muito antigo, muito usado, tão velho como a mulher e o homem.
Os mensageiros, os arautos, os carteiros, os e-mail, são somente veículos de relacionamento virtual.
Que sempre existiu...
Sempre existirá...
Se tu tens um relacionamento virtual, se ele te gratifica, vai em frente.
Que ele te dê a segurança para que chegues onde quiseres, mesmo que não seja com um encontro real.
Mas que ele te leve à Felicidade.
...é isso aí, há quem acredite em milagres, há quem cometa maldade..há quem não saiba dizer a verdade...
Nada mais é do que a saudade da emoção vivida,
num determinado momento que passou veloz.
Emoções e emoções e ainda tanta emoção a ser vivida!
Muito além dos indivíduos, além das particularidades.
E todas essas químicas se processando no nosso corpo,
pois há quem diga que amor nada mais é do que uma sensação provocada,
para evitar a loucura da espécie e perpetuar o predador.
Uma ilusão passageira, uma descarga de substâncias certas no sistema.
Lubrificação.
Cuidados com a máquina.
Seja lá o que for, andei tomando resoluções práticas para a existência.
Porque nunca mais nesta vida quero ter saudade de beijo.
Nunca mais a nostalgia daquele mundo de línguas
dançando balé no céu das nossas bocas.
Nunca mais!
E juro que nunca mais nesta vida quero tentar entender o amor.
Quero deixar que ele passe por mim, como um pé de vento
que sopra folhas e poeira num arranjo aprumado.
Eu fico ali, no meio do redemoinho, só achando tudo muito bom.
Depois, o amor se vai e a gente continua a tocar a existência.
Assim é que deve ser.
Nunca mais nesta vida quero gente se indo. Já está de bom tamanho.
Coração da gente vai absorvendo os golpes:
que são muitos e de todos os lados, sempre.
Com quase todo mundo é assim.
De repente, as pessoas começam a ir embora, por morte matada e morrida,
por desamor, por tristeza, por ansiedade, por medos diversos,
seu coração vai recebendo as pancadas e uma hora dá vontade de dar um berro,
sair vomitando as mágoas todas que a gente foi engolindo.
Nunca mais gente partindo sem motivo aparente,
sem dar nome aos bois ou uma denúncia vazia.
Nesta vida, nunca mais!
E nunca mais, nesta breve passagem, a palavra não dita, o gesto parado no ar,
dissolvido antes do afago. Nunca mais a dose nossa de orgulho besta,
a solidão das noites perdidas por amor desenganado, o coração parado, à espreita.
Isso, não. Quanto mais o tempo passa, mais a urgência da felicidade ilusória
e da química do bem-estar, essas coisas todas que se operam em nossos íntimos.
Nunca mais.
Nunca mais um dia atirado ao nada,
nunca mais o verbo que não se completa,
todas as palavras que não foram ditas - verdades -, todas elas,
uma após a outra, formando frases, pensamentos, sentimentos,
amor costurando o texto,
que é linha que não refuga de jeito nenhum.
Nunca mais!
O coração se magoando todo o dia,
a gente engolindo sapos e lagartos e se esquecendo
de que é capaz de mudar cada uma das histórias,
reescrever o livro das nossas vidas.
Uma hora mais cedo e a cena teria sido outra ou o que teria acontecido
se você não tivesse ido àquele lugar, àquela noite,
o universo conspirava contra nós, ou a nosso favor?
*Miguel Falabela*
Sunday, November 27, 2005
Nos teus olhos os vestígios de uma lágrima
Que só eu vejo que só eu sei.
Na tua boca marcas de beijos
Que apago
Para que os teus lábios não tenham
De outros lábios marcas
E beijos senão os meus."
"Ando pela minha cidade e me dou conta que me faltas
Tinhas que ver o que meus olhos vêem
Tocar o que minhas mãos tocam
Sentir o cheiro que sinto
Saber do que sei
Ando pela minha rua e me dou conta que me faltas
Precisavas ver o pôr do sol comigo
Colher as flores e enfeitar meus cabelos
E senti o seu perfume confundido ao meu
Saber do que sei
Ando pelo meu quarto e me dou conta que me faltas
Tinhas que olhar meus olhos
Deixar-me olhar nos teus
Tocar minha alma, meu corpo
Deixar-me tocar em ti
Sentir o meu perfume e deixar em mim o teu
Deixar-me saber o que sabes."
não ganho tuas noites de presente,
eu que não vejo teus sorrisos de despedida.
Eu que não me permito a morte por afogamento
nos pêlos do teu peito,
nem adivinho surpresas no teu olhar,
eu que não saio daqui nesse exato momento
e não te levo pra caminhar no sol,
na chuva,
no vento.
Eu que não te faço comida,
eu que não te dou a medida do que em mim consome.
Eu que não espero teus passos no corredor,
não te chamo de meu amor,
eu que não digo teu nome.
Eu que não vivo
e vou morrendo
de fome.
*Cris Prieto*
Na calmaria do teu coração que me acolhe
E de onde nascem os meus sonhos
Vou amar-te na minha solidão
Ainda que os meus labirintos te confundam
E que os teus fios generosos de compreensão se emaranhem no tapete dos meus enigmas
Vou amar-te sem qualquer explicação
Na ternura das tuas mãos que me sorriem
Vou amar-te nos meus segredos
Para que desvendes o que também desconheço
A alma dos meus abismos, onde anoiteço ...
E meus olhos adormecem embalados pelo mistério
Vou amar-te nas tuas demoras,
longas horas
Em que o meu corpo se veste de céu à tua espera...
Enquanto os meus dedos acendem estrelas
Para te iluminar...ainda que ausente estejas..."
Ao leite ou derretido
Com passas ou crocante
Puro ou pervertido
Com recheio
É excitante
Eu saboreio
Te mordo
E meu corpo todo
Lambuzada
Chocolate
Fina arte
Transformada
Misturada
Ao sabor supremo
Meu chocolate
Meu veneno
Você é arte
Só você extermina
Minha melancolia
Você, serotonina
Que me vicia...
Quer ser meu chocolate?
* Liz Christine*
Saturday, November 26, 2005
entre o mundo e a solidão
onde se espreita estrelas
e a vida cabe nas mãos
sento-me em frente ao mar
olho para longe do fim
perdem-se barcos na espuma
não sei é dentro de mim" (...)
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
*Pablo Neruda*
Sei lá... A língua lambe mas não sabe o que dizer.
Sei lá... A lábia fala mas não faz acontecer.
Sei lá... E o silêncio fica imenso sem você."
Thursday, November 24, 2005
O Tempo
"Eu sopraria o tempo pra longe.
Sopraria o tempo que nos
separa com rugas.
Sopraria o tempo que insiste
em soprar pouco prá nós.
Sopraria o tempo que passa tão rápido
quando seus olhos brilham ao fitar os meus.
Sopraria o tempo...
Ah! Esse maldito tempo
que nos trouxe ao mundo
em épocas tão distantes.
Mas também aspiraria
o tempo pra perto.
Aspiraria o tempo
que nos aproxima com beijos.
Aspiraria o tempo
que passa deliciosamente
enquanto nos amamos.
Aspiraria o tempo
que aprendemos cada vez
mais um com o outro.
Aspiraria o tempo...
Ah! Esse bendito tempo,
que nos colocou
frente a frente ...
no instante preciso."
Meu corpo é feito de espera...
Meu corpo é feito entrega...
Meu corpo é feito de cio...
Sou carência,
Quero você!
Meu corpo é feito de encaixe...
Meu corpo é feito de fendas...
Meu corpo é feito de sucos...
Sou cadência,
Quero você!
Meu corpo é feito labirintos...
Mais me anda, mais se perde...
Mais se perde, mais me sabe...
Mais me sabe, mais me encontra...
Mais me encontra, mais me penetra...
Sou porta aberta,
Quero você!
Meu corpo é feito de caminhos e descaminhos...
Meu corpo é feito de segredos e descobertas...
Meu corpo é feio de curvas e ondas...
Me percorre,
Quero você!
Meu corpo é prisioneiro.
Meu corpo é viciado.
Meu corpo agrilhoado,
Vive a espera de você!
Meu corpo grita seu nome,
Meu corpo grita meu dono,
Meu corpo grita meu puto,
Vem, me faz emudecer!
Meu corpo é sua morada,
Vem pra casa,
Vem viver!
*Magda Almodovar*
Pensou na mulher perfeita
Que queria a seu lado.
Era linda... doce,
Quase um anjo!
Ao pensamento associou uma
canção
E esboçou um sorriso..humm!
Era agradável, linda e morna.
Abriu os olhos,
Desligou a música da mente,
E começou a pensar nas diferenças.
Nos seus amigos, nos amigos dela,
Nas diferenças de gostos,
No quanto eram diferentes.
Poderei eu viver assim
Com alguém tão diferente de mim?
Amando coisas distintas?
Tendo em comum apenas o amor?
E concluiu: Não estamos só presos a querer o que queremos,
Mas também presos,
Por querermos o que não queremos."
Wednesday, November 23, 2005
Quase todos os silêncios são vozes que gritam,que cantam, que choram, que amam, que abraçam...
Há o silêncio da paz.
O silêncio é como não ouvir o coração.
Portanto, fale, escreva, grite ...
Tenha sua construção subterrânea da própria vida.
Às vezes o silêncio é a canção do coração.
Nada mais que súplicas que brotam do coração.
O meu silêncio é vivo, tenho silêncios para dizer,silêncios que são palavras que eu não quero escrever...
Não quero essas palavras em mim.
Meu silêncio é inconstante, imortal de ilusão.
Como viver sem habitar a casa do silêncio?
Não há perguntas para as quais eu já saiba a resposta.
Quando encontrar esse silêncio, escreverei nele,as palavras mudas.
Há muitos silêncios.
Aquele que procuro já encontrei
e aquele que procurarei ainda está por vir.
Existem palavras que nunca escrevi.
Palavras que gritam o silêncio que deseja ouvir.
Palavras que magoam pelo seu silêncio.
O silêncio que grita só dentro de mim..."
grita calado no meu coração:
sou uma estranha, no meio de estranhos.
Condenada a essa prisão
dentro do meu próprio mundo,
ninguém entra e eu nunca saio.
Confinada a essa solidão sem solução,
nada do que me cerca
compartilha o que sou...
nada me completa por inteiro.
Então eu corro pra dentro de mim
e te busco,
meu pedaço de alma-vida."
"Diante de mim
o seu corpo
belo
firme
quase nu
com cheiro
de mar
e de amor.
Diante dele
o meu querer
o meu desejo
intenso
inteiro
integral
indescritível
de tocar
cheirar
sentir
aquele corpo
aquele homem
aquele amigo
desejo."
Llevo a un lado de mi piel
Tus fotografías
Para verlas cada vez
Que tu ausencia me devora entero el corazón
Y yo no tengo remedio más que amarte
Y en la distancia te puedo ver
Cuando tus fotos me siento a verY en las estrellas tus ojos ver
Cuando tus fotos me siento a ver
Cada vez que te busco te vas
Y cada vez que te llamo no estás
Es por eso que devo decir que tu sólo en mis fotos estás
Cuando hay un abismo desnudo que se opone entre los dos
Yo me valgo del recuerdo taciturno de tu voz
Y de nuevo siento enfermo este corazón
Que no le queda remedio más que amarte
Juanes
Deixa que eu te ame em silêncio
Não pergunte, não se explique, deixe
que nossas línguas se toquem, e as bocas
e a pele falem seus líquidos desejos.
Deixa que eu te ame sem palavras
a não ser aquelas que na lembrança ficarão
pulsando para sempre
como se o amor e a vida
fosse um discurso
de impronunciáveis emoções.
Affonso Romano de Sant´anna
"Um pesado e escuro vazio
sempre chegando e nunca indo embora.
Parece se perder em mim,
mas encontra minha alma.
Não sei o que me falta...
não sei o que espero.
Das coisas que sinto,
canso.
Das que espero,
desiludo.
Das que acredito,
decepciono.
Meu coração é um sempre-doer
*desconheço o autor*
Tuesday, November 22, 2005
"Hoje eu queria ser uma estrela.
Sendo como tantas outras no infinito negro,
não teria essa dor me devorando a alma.
Seria apenas mais uma...igual a todas.
Todas tão conhecidas e reconhecíveis.
Se assim fosse, eu seria compreendida.
E meu mundo não seria um desconhecido breu.
E minha música não seria triste.
Hoje passei o dia pensando
numa maneira de tentar entender a vida...
não nas buscas tão conhecidas pelos meus “eus”.
Não... isso às vezes parece nem ter tanta importância
diante do berro da angústia que explode no meu peito.
Queria buscar o seu “eu”.
Queria mergulhar dentro de você
e te encontrar de novo.
Resgatar momentos felizes que rejuvenescem a alma
e nos fazem cantar e dançar sem música.
Ver passarinhos onde caem pingos de chuva.
Que mundos submersos assustadores existem dentro de nós?
Mundos que nos deixam cegos a outros mundos,
perdidos na incompreensão do universo do outro.
O amor é mágico.
O amor é medo.
O amor é dor.
Queria puxar esse fio que nos separa
e deixar correr o novelo que enrola nosso beijo.
Tirar as agulhas do nosso abraço
e me esquecer em você.
Seria tão imensa minha alegria por ter você de volta,
que eu sorriria novamente.
E me sentiria a dona do mundo...
uma deusa no altar da sua paixão.
Ando na praia solitária dos meus dias.
Nos minutos onde piso
tem cascalhos de vazios que machucam
e sangram meus pés.
As ondas das lembranças
se atiram desiludidas nas pedras frias da realidade...
num lamento sofrido de quem chama o amor de volta.
E ele não vem.
Minha casa já não tem flores...
já não tem jardim.
As luzes se apagaram
e eu já não reconheço mais seu perfume.
Estou perdida,
sem chão, sem calor, sem janelas.
Só quero chorar.
Só quero encostar meu corpo pequeno
e me aconchegar
no desânimo da minha entrega."