Sunday, January 06, 2008



Às vezes a solidão
É bem melhor que se aventurar
O que se faz sem amor nem paixão
Só pode machucar

Se envolver de corpo, sem alma
Naquele momento satisfazer
Os desejos que não brotam do coração
E então se arrepender
Porque depois que a transa rolar
Vem o vazio e me faz lembrar
Que o que eu fiz quando era
Amor eu era mais feliz
E assim não sei onde vou parar
Meu sentimento pode congelar
Até que pinte um grande amor
Que possa me mudar

Tô querendo novamente me encontrar
Tô querendo novamente me apaixonar
Sem amor eu sei
Que nunca vou poder chegar a lugar nenhum
A verdade é que eu não quero viver de ilusão
Eu preciso, eu quero vida, nova emoção
Sentimento e tempestade faz o sol brilhar
Entender o que é amar
.

*Reges Danase/Luiz Cláudio

2 comments:

Ana Claudia Lintner said...

"havia o desenho dos corpos e o desenho das pontes

um sobre o outro
silhuetas queimando na tarde incipiente

estivemos la
num quarto abafado
sob um cau comovente
na hora em que os anjos
realizam o milagre da carne, sem pecado

minha boca movia-se num beijo
deixava-me ficar assim
com a lingua em ondulantes de serpente
caricias sobre a nudez
reentrancias delicadas
a flor da minha pele no Saara
o calor da vida era quase insuportavel


A memoria desta cena
acendo candelabros de lembranca luminosa
nada escapa aos meus sentidos
muito tempo depois
quando o amor e vago
um quasar distante
voce ainda me visita
com a natureza das chamas


elas fingem que se apagam
e propagam faiscas
comecando outra vez o crepitar do fogo

corpo sob o corpo

miragem com que me iludo no sotao

procurando fosforos
a cada dia que nasce
nas paisagens nomades"

Anonymous said...

Kitty, o frestas realmente é vc. Quanta coisa linda escrita. Beijos, Kitty linda.