Safena
Sabe o que é um coração
amar ao máximo de seu sangue?
Bater até o auge de seu baticum?
Não, você não sabe de jeito nenhum.
Agora chega.
Reforma no meu peito!
Pedreiros, pintores, raspadores de mágoas
aproximem-se!
Rolos, rolas, tinta, tijolo
comecem a obra!
Por favor, mestre de Horas
Tempo, meu fiel carpinteiro
comece você primeiro passando verniz nos móveis
e vamos tudo de novo do novo começo.
Iansã, Oxum, Afrodite, Vênus e Nossa Senhora
apertem os cintos
Adeus ao sinto muito do meu jeito
Pitos ventres pernas
aticem as velas
que lá vou de novo na solteirice
exposta ao mar da mulatice
à honra das novas uniões
Vassouras, rodos, águas, flanelas e cercas
Protejam as beiras
lustrem as superfícies
aspirem os tapetes
Vai começar o banquete
de amar de novo
Gatos, heróis, artistas, príncipes e foliões
Façam todos suas inscrições.
Sim. Vestirei vermelho carmim escarlate
O homem que hoje me amar
Encontrará outro lá dentro.
Pois que o mate.
*Elisa Lucinda
"Passeando pela vida ao lado da tranqüilidade. Espalhando sorrisos como grãos de areia. Sentindo a calmaria do mar na Alma. Derramando saudade, esperando por palavras doces. No meio de olhares despidos, olhares despretensiosos. Construindo sonhos em meio a promessas silenciosas. Amanhecendo, entardecendo e anoitecendo simplesmente. Fechar os olhos e ter aos pés margaridas e pertencer a um sentimento que permanece em um outro tempo que começa aqui agora."
Sunday, February 24, 2008
Tuesday, February 19, 2008
Saturday, February 16, 2008
Cada pedaço de mim grita,
cada pedaço de mim clama...
Cada pedaço de mim sente
o toque, o gosto, o cheiro...
sente que te quer
e querer-te por inteiro...
Cada pedaço de mim anseia
a tua pele, o teu sorriso,
o teu abraço, o teu suor
o teu desejo, o teu riso...
Cada pedaço de mim pede que me tomes,
envolvas nos braços à luz da lua
e aí, no silêncio da noite,
me faças tua...
*Katrina
Friday, February 15, 2008
Não basta borrifar outros cheiros nos lençóis,
Estás entre os livros, nas musicas, em meu suor,
Será necessário rasgar a carne, chegar aos ossos,
Pois teus sorrisos ecoam, nesse quarto,
Tuas mãos ainda estão entre meus cabelos,
Teu corpo ainda queima o meu,
Estás entre os livros, nas musicas, em meu suor,
Será necessário rasgar a carne, chegar aos ossos,
Pois teus sorrisos ecoam, nesse quarto,
Tuas mãos ainda estão entre meus cabelos,
Teu corpo ainda queima o meu,
sobre esta cama, vazia ou não,
E nas vezes em que driblo a insônia,
Irremediavelmente és tu, que espero encontrar
*Cris
E nas vezes em que driblo a insônia,
Irremediavelmente és tu, que espero encontrar
*Cris
Saturday, February 09, 2008
Desde sempre temi tua aderência permanente à minha pele. Temi encontrar para sempre em meus espelhos traços borrados dos sorrisos nascidos para os teus olhos, do corpo esculpido por tuas mãos. Desde sempre temi tua marca indelével em minha vida, eternamente amiudando quem quer que fosse, conjurando fracassos e esmorecimentos daquilo que pretendia sobrepor à tua ausência. Desde sempre temi a mancha do teu gosto em meu destino, o sal da tua língua encrustrado no sabor de todos os dias, emprestando fel a tudo de ti alheio. Hoje meu temor fenece e dispo minhas asas aleijadas, visto teus arreios invisíveis e aceito a sina de casar com as memórias do que fomos.
*Patricia Antoniete