Thursday, December 07, 2006




Se te sonhei um dia
desaprendi a te saber
de tanto que te esperei e tu não vinhas,
Te esgueiravas por debaixo
de marquises outras que não as minhas
por frestas outras que não as dos meus dedos.

Desaprendi a cor que brincaria no teu sorriso
os nomes dos vaga-lumes dos teus olhos
o cheiro de sândalo e fruta do teu pescoço.

Te vi e não te reconheci e, por pouco,
não me perco de ti.
Não fosse meu nome na tua boca
um salmo,
meu corpo entre teus braços
um pássaro,
tua imagem na minha retina
um bálsamo,
não me teria salvo.

*Patrícia